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 Foi em 2010, quando vivi uma das fases mais difíceis da minha vida. Difícil demais, para aquela época; ah se fosse hoje... no entanto, o hoje não seria assim se eu não tivesse passado por aqueles momentos. Momentos em que precisei estacionar o carro para lembrar onde eu estava indo, em que nem a palavra “mãe”, me chamava para o aqui e agora em que eu estava. No entanto, foi exatamente quando “alguém” me ouviu de verdade, sem pedir pra eu “não chorar” ou sem me dizer “o que eu deveria fazer”; alguém que respeitou o que eu sentia, sem julgar, sem apontar onde eu errei ou o que eu fingi não saber; foi aí; que aprendi  a importância de se colocar no lugar do outro, de ouvir com atenção plena, de acolher com amor.

 Lya Luft, em sua obra, “Perdas e ganhos”, diz que às vezes é preciso chegar no fundo do poço para buscar impulsão e sair de vez de um local, o qual nós mesmas nos colocamos; e é isso mesmo ! A questão é que quando alguém nos ouve, esse alguém nos possibilita externalizar, nos permite olhar para nosso cenário e para as pessoas envolvidas na história, possibilita pensar no que estamos contando, deixar fluir o que sentimos, esvaziar um pouco nossas percepções e o sentimento de vítima. E isso tudo faz tão bem... Uma pena, que poucas pessoas desenvolvem ou já nascem com a habilidade de saber ouvir; vale lembrar que “escutar” não é a mesma coisa; pois escutamos diversos sons e barulhos, já ouvir tem haver com sentir a palavra do outro, compreender a essência do que é dito.

Segundo diversos autores, na comunicação as mensagens que passamos são transmitidas da seguinte forma: 7% pelas palavras, 38 % pelo tom de voz e 55% pela linguagem corporal. Então, é importante lembrar de olhar para a pessoa que fala, perceber seu tom de voz e sua expressão. Se “colocar no lugar do outro” também ajuda, e muito !

Enfim, notar o outro, ouvir o outro; lembrando que em todo planeta só queremos ser felizes, ser aceitos, amar e receber amor. Lembrar que a maneira em que cada um se posiciona nem sempre é entendida da mesma forma; pois, o que o que cada um sente, o jeito que cada um vive, as crenças que cada um carrega; os objetivos que cada um tem; tudo isso direciona e completa a rotina de cada um de nós. Eu estou aprendendo a ouvir e como isso faz bem pra mim e pro outro. Quem foi a última pessoa que você ouviu de verdade ?

 

Cristiana da Luz

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 Lya Luft, em sua obra, “Perdas e ganhos”, diz que às vezes é preciso chegar no fundo do poço para buscar impulsão e sair de vez de um local, o qual nós mesmas nos colocamos; e é isso mesmo ! A questão é que quando alguém nos ouve, esse alguém nos possibilita externalizar, nos permite olhar para nosso cenário e para as pessoas envolvidas na história, possibilita pensar no que estamos contando, deixar fluir o que sentimos, esvaziar um pouco nossas percepções e o sentimento de vítima. E isso tudo faz tão bem... Uma pena, que poucas pessoas desenvolvem ou já nascem com a habilidade de saber ouvir; vale lembrar que “escutar” não é a mesma coisa; pois escutamos diversos sons e barulhos, já ouvir tem haver com sentir a palavra do outro, compreender a essência do que é dito.

Segundo diversos autores, na comunicação as mensagens que passamos são transmitidas da seguinte forma: 7% pelas palavras, 38 % pelo tom de voz e 55% pela linguagem corporal. Então, é importante lembrar de olhar para a pessoa que fala, perceber seu tom de voz e sua expressão. Se “colocar no lugar do outro” também ajuda, e muito !

Enfim, notar o outro, ouvir o outro; lembrando que em todo planeta só queremos ser felizes, ser aceitos, amar e receber amor. Lembrar que a maneira em que cada um se posiciona nem sempre é entendida da mesma forma; pois, o que o que cada um sente, o jeito que cada um vive, as crenças que cada um carrega; os objetivos que cada um tem; tudo isso direciona e completa a rotina de cada um de nós. Eu estou aprendendo a ouvir e como isso faz bem pra mim e pro outro. Quem foi a última pessoa que você ouviu de verdade ?

 

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