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Ela surgiu no palco dizendo que não estava ali para ser amada e sim para ser livre. Um show fechado em um teatro no Brooklyn, todos sem celulares (bloqueados em um estojo sem acesso), porque ela nos convidava a um momento sem interferências, face a face. No palco ela traz seus dançarinos e músicos; grande parte deles resgatados nas ruas pelo mundo. Entre uma música e outra ela transborda discursos dando vez e voz aos esquecidos e invisíveis à sociedade: moradores de rua, refugiados, soldados mortos nas guerras, paraplégicos, LGBT´s e as mulheres escravas do Cabo Verde.
Polêmica, talentosa e desafiadora; ela deita sob o piano, dança como se absorvesse a energia de cada um que estava ali, toca seu corpo e paralisa quem vê. “Express yourself, don't repress yourself” – expresse-se, não se reprima, auto afirmou a importância de quebrar as regras sociais que inibem nossa natureza autêntica e reprimem nossa felicidade. Questionou as atitudes de nossos políticos mas também questionou o quanto temos olhado pra quem nos tornamos. Falou sobre o quanto o amor nos fere, sobre os amores não vividos, sobre a sexualidade não despertada, e quando ela canta que “...a vida é um mistério e todos devem encará-la sozinha, ouço você chamar meu nome e me sinto em casa, é como uma oração...”, desandei na emoção porque era o que estava sentindo, solidão em meio a multidão; e está tudo certo!
Ela despertou em mim algo tão precioso e tão meu que precisava reviver e ter espaço mais uma vez. Descongelar o que permiti camuflar, o que o mundo pode não entender e não preciso que entenda. Tive consciência do quanto sou intensa, do quanto tenho me entregado, do quanto tenho estado viva e tocado vidas que outros poucos sabem que existem. Reforcei em mim meu jeito livre de ser, minha busca por experiências enraizadas no coração de quem vibra a mesma energia que eu; uma luz que brilha ao tocar outras almas, uma alma que não se importa em se perder, a passar pelo vazio para instintivamente ressurgir mais inteira.
Cristiana da Luz
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Ela surgiu no palco dizendo que não estava ali para ser amada e sim para ser livre. Um show fechado em um teatro no Brooklyn, todos sem celulares (bloqueados em um estojo sem acesso), porque ela nos convidava a um momento sem interferências, face a face. No palco ela traz seus dançarinos e músicos; grande parte deles resgatados nas ruas pelo mundo. Entre uma música e outra ela transborda discursos dando vez e voz aos esquecidos e invisíveis à sociedade: moradores de rua, refugiados, soldados mortos nas guerras, paraplégicos, LGBT´s e as mulheres escravas do Cabo Verde.
Polêmica, talentosa e desafiadora; ela deita sob o piano, dança como se absorvesse a energia de cada um que estava ali, toca seu corpo e paralisa quem vê. “Express yourself, don't repress yourself” – expresse-se, não se reprima, auto afirmou a importância de quebrar as regras sociais que inibem nossa natureza autêntica e reprimem nossa felicidade. Questionou as atitudes de nossos políticos mas também questionou o quanto temos olhado pra quem nos tornamos. Falou sobre o quanto o amor nos fere, sobre os amores não vividos, sobre a sexualidade não despertada, e quando ela canta que “...a vida é um mistério e todos devem encará-la sozinha, ouço você chamar meu nome e me sinto em casa, é como uma oração...”, desandei na emoção porque era o que estava sentindo, solidão em meio a multidão; e está tudo certo!
Ela despertou em mim algo tão precioso e tão meu que precisava reviver e ter espaço mais uma vez. Descongelar o que permiti camuflar, o que o mundo pode não entender e não preciso que entenda. Tive consciência do quanto sou intensa, do quanto tenho me entregado, do quanto tenho estado viva e tocado vidas que outros poucos sabem que existem. Reforcei em mim meu jeito livre de ser, minha busca por experiências enraizadas no coração de quem vibra a mesma energia que eu; uma luz que brilha ao tocar outras almas, uma alma que não se importa em se perder, a passar pelo vazio para instintivamente ressurgir mais inteira.
Cristiana da Luz
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