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Buscando por um corpo socialmente visto como perfeito, nos cortamos, injetamos e abusamos de quem somos. Não se trata somente de um corpo físico sendo mutilado, modificado; e sim, de uma alma que na maioria das vezes não se reconhece e dificilmente se satisfaz, pois como a atenção é muito mais externa do que interna, amplia-se o vazio, a dor e o desconforto em estar sempre buscando por uma perfeição ditada e não assimilada.
Indústrias das dietas gerem US$ 33 bilhões por ano, da cirurgia plástica estética US$ 300,00 milhões e da pornografia US$ 7 bilhões. Dá para acreditar?
Meninas cada vez mais novas começam a sentir que devem estar à altura de um ideal cada vez mais sensualizado, o que não me admira, pois tenho visto mães até incentivando suas filhas menores de 10 anos a fazer a dança do quadrado no ritmo do funk, insistindo em erotizar a infância. Erotismo esse quem nem elas próprias dão conta de si, a maioria das mulheres não sabe nem o som do próprio prazer, pois habituou-se a reproduzir os “sons” assimilados em filmes erógenos, tem vergonha em se tocar, escondem as “partes imperfeitas” e transam para satisfazer o parceiro.
E a idade? Mulheres mais velhas que temem a juventude física das mais jovens, as mais jovens que temem a expertise sexual e o empoderamento das mais velhas. Somatizado a esse absurdo, ainda há a ditadura do que se tem ou não idade para vestir ou fazer.
Bem, necessidades são geradas e continuarão sendo. Não acredito que é mais fácil seguir uma tendência do que investigar o realmente nos enobrece. Digo isso baseada na experiência de um desconforto que não me enquadra mas me fortalece; digo isso estando entre tantas outras mulheres que assumem suas vidas sem exageros, equilibrando-se no que é possível, investindo seu dinheiro no que enriquece sua história. Mulheres que ousam evoluir apesar da dor de desapegar do que nunca foi delas; habitando cada vez mais seu próprio corpo e acolhendo quem elas vem se tornando nesse caminho.
Cristiana da Luz
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Buscando por um corpo socialmente visto como perfeito, nos cortamos, injetamos e abusamos de quem somos. Não se trata somente de um corpo físico sendo mutilado, modificado; e sim, de uma alma que na maioria das vezes não se reconhece e dificilmente se satisfaz, pois como a atenção é muito mais externa do que interna, amplia-se o vazio, a dor e o desconforto em estar sempre buscando por uma perfeição ditada e não assimilada.
Indústrias das dietas gerem US$ 33 bilhões por ano, da cirurgia plástica estética US$ 300,00 milhões e da pornografia US$ 7 bilhões. Dá para acreditar?
Meninas cada vez mais novas começam a sentir que devem estar à altura de um ideal cada vez mais sensualizado, o que não me admira, pois tenho visto mães até incentivando suas filhas menores de 10 anos a fazer a dança do quadrado no ritmo do funk, insistindo em erotizar a infância. Erotismo esse quem nem elas próprias dão conta de si, a maioria das mulheres não sabe nem o som do próprio prazer, pois habituou-se a reproduzir os “sons” assimilados em filmes erógenos, tem vergonha em se tocar, escondem as “partes imperfeitas” e transam para satisfazer o parceiro.
E a idade? Mulheres mais velhas que temem a juventude física das mais jovens, as mais jovens que temem a expertise sexual e o empoderamento das mais velhas. Somatizado a esse absurdo, ainda há a ditadura do que se tem ou não idade para vestir ou fazer.
Bem, necessidades são geradas e continuarão sendo. Não acredito que é mais fácil seguir uma tendência do que investigar o realmente nos enobrece. Digo isso baseada na experiência de um desconforto que não me enquadra mas me fortalece; digo isso estando entre tantas outras mulheres que assumem suas vidas sem exageros, equilibrando-se no que é possível, investindo seu dinheiro no que enriquece sua história. Mulheres que ousam evoluir apesar da dor de desapegar do que nunca foi delas; habitando cada vez mais seu próprio corpo e acolhendo quem elas vem se tornando nesse caminho.
Cristiana da Luz
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