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Participei de um ritual indígena chamado Temaskal, que significa útero ou o Ventre da Mãe Terra, também conhecido como tenda do suor. Os povos nativos a utilizam para se purificar antes de tomar uma decisão importante. É uma tenda com um buraco ao centro, onde são colocadas pedras quentes, em seguida se coloca água sobre essas pedras, o que vai provocar um vapor a alta temperatura. Por nenhum momento pensei em sair de lá, por mais difícil que estava para respirar. Ao som de mantras, e em alguns instantes ao som da chuva fraca – inesquecível -, me conectei com minha criança interior; e dizem que é lá está nossa verdadeira essência, sem ajustes.
Interessante foi, que me vi exatamente como sou hoje, em momentos que deixo o senso comum e a expectativa do outro de lado. Me vi faceira, em ritmo leve e acelerado, querendo viver tudo e todos na profundidade da relação, caminhando sozinha em caminhos distantes sem carregar uma bolsa sequer, desafiando minhas habilidades e sem regra alguma. E é justamente ESSA menina que acesso quando preciso dar conta do que eu mesmo acordei comigo. Eu sou ela muito mais do que o que me tornei.
No sentido literal da palavra “se tornar” significa regressar ao lugar de onde saiu, voltar. É se liberar do “tem que” e dar espaço ao “querer”. O que eu quero de verdade no meu dia? Nesse ano? No meu casamento? No meu corpo? Na minha casa? Na minha agenda? Certo dia meu terapeuta me perguntou se na minha relação com meu esposo, nós simplesmente conversamos ou dialogamos. Segundo ele, dialogar é ir na essência, sair da superficialidade do assunto, expor o que fica latente, o que pode gerar desconforto mas resgata ou posiciona vontades. Achei o máximo e fiquei alerta para o conteúdo por traz de minhas palavras; tenho crescido muito com isso, o que me ajudou identificar minhas vontades.
Igor Brito Leão, um dia me impactou ao afirmar que; “ Um dia seremos apenas um porta retrato na estante de alguém. Depois, nem isso!” Então, é viver e deixar viver, porque é tudo muito breve; e não há nada que justifique uma vida superficial, dentro dos padrões do outro, do que é certo pro outro, do que é confortável pro outro...e EU? Onde eu fico nisso tudo? E o brilho no meu olho? E minha adrenalina? Se é nos atritos das relações, que eu encontro autoconhecimento, então; basta cada um viver seu propósito e quando esses causarem indisposição e questionamentos; como será valioso equilibrar, negociar, ceder e brindar juntos o auto crescimento partilhado e aflorado.
Finalizo te convidando a fechar a porta de seu quarto, sentar quieta (o) com a coluna ereta, e em silêncio faça uma tela mental olhando para sua infância. Te veja menina (o), olhe nos teus olhos de criança e por um tempo fique te observando. Como você era? O que adorava fazer? Quais eram os traços mais fortes da tua personalidade? Qual era um bom motivo pra te tirar cedo da cama? Como se relacionava com quem amava? O que queria ser quando crescesse? Olha com carinho para todo detalhe que surgir nessa observação. Honre e agradeça tudo que viu e se despeça, mas registre tudo que julgar importante. Depois, solte os freios e vá viver teus dias com paixão pelo que és!
Cristiana da Luz
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Participei de um ritual indígena chamado Temaskal, que significa útero ou o Ventre da Mãe Terra, também conhecido como tenda do suor. Os povos nativos a utilizam para se purificar antes de tomar uma decisão importante. É uma tenda com um buraco ao centro, onde são colocadas pedras quentes, em seguida se coloca água sobre essas pedras, o que vai provocar um vapor a alta temperatura. Por nenhum momento pensei em sair de lá, por mais difícil que estava para respirar. Ao som de mantras, e em alguns instantes ao som da chuva fraca – inesquecível -, me conectei com minha criança interior; e dizem que é lá está nossa verdadeira essência, sem ajustes.
Interessante foi, que me vi exatamente como sou hoje, em momentos que deixo o senso comum e a expectativa do outro de lado. Me vi faceira, em ritmo leve e acelerado, querendo viver tudo e todos na profundidade da relação, caminhando sozinha em caminhos distantes sem carregar uma bolsa sequer, desafiando minhas habilidades e sem regra alguma. E é justamente ESSA menina que acesso quando preciso dar conta do que eu mesmo acordei comigo. Eu sou ela muito mais do que o que me tornei.
No sentido literal da palavra “se tornar” significa regressar ao lugar de onde saiu, voltar. É se liberar do “tem que” e dar espaço ao “querer”. O que eu quero de verdade no meu dia? Nesse ano? No meu casamento? No meu corpo? Na minha casa? Na minha agenda? Certo dia meu terapeuta me perguntou se na minha relação com meu esposo, nós simplesmente conversamos ou dialogamos. Segundo ele, dialogar é ir na essência, sair da superficialidade do assunto, expor o que fica latente, o que pode gerar desconforto mas resgata ou posiciona vontades. Achei o máximo e fiquei alerta para o conteúdo por traz de minhas palavras; tenho crescido muito com isso, o que me ajudou identificar minhas vontades.
Igor Brito Leão, um dia me impactou ao afirmar que; “ Um dia seremos apenas um porta retrato na estante de alguém. Depois, nem isso!” Então, é viver e deixar viver, porque é tudo muito breve; e não há nada que justifique uma vida superficial, dentro dos padrões do outro, do que é certo pro outro, do que é confortável pro outro...e EU? Onde eu fico nisso tudo? E o brilho no meu olho? E minha adrenalina? Se é nos atritos das relações, que eu encontro autoconhecimento, então; basta cada um viver seu propósito e quando esses causarem indisposição e questionamentos; como será valioso equilibrar, negociar, ceder e brindar juntos o auto crescimento partilhado e aflorado.
Finalizo te convidando a fechar a porta de seu quarto, sentar quieta (o) com a coluna ereta, e em silêncio faça uma tela mental olhando para sua infância. Te veja menina (o), olhe nos teus olhos de criança e por um tempo fique te observando. Como você era? O que adorava fazer? Quais eram os traços mais fortes da tua personalidade? Qual era um bom motivo pra te tirar cedo da cama? Como se relacionava com quem amava? O que queria ser quando crescesse? Olha com carinho para todo detalhe que surgir nessa observação. Honre e agradeça tudo que viu e se despeça, mas registre tudo que julgar importante. Depois, solte os freios e vá viver teus dias com paixão pelo que és!
Cristiana da Luz
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