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Qual o problema no mundo que te incomoda mais? Poder, machismo, hipocrisia, falta de coletividade, falta de acessibilidade, baixa autoestima, corrupção, falta de gentileza?
Basta você atravessar fronteiras, sejam elas entre países, religiões, épocas, interesses, profissões ou objetivos, e perceberá que pontos de vista que você mesmo defendeu e rotulou como verdade absoluta, não passaram de sua percepção no momento, ou a soma de experiências e crenças que as pessoas, a cidade, o trabalho e a mídia te deram até aquele instante.
Pense em você quando adolescente, ou há 05 anos atrás, ou quem sabe na semana passada, tuas teorias e argumentos são os mesmos? Ou quem sabe você desistiu de querer provar algo para seu filho e percebeu que ele tem seu próprio tempo, como você também teve o seu, quem sabe você desistiu de ser vegetariano depois de não conseguir controlar a ferritina no teu corpo e colocar em risco tua própria saúde, ou percebeu que a bissexualidade não é uma questão de aceitar e sim de ser, depois que alguém da sua família assumiu um novo romance, ou ainda percebeu que a depressão chegou até você, que antes achava que ela era um sinônimo de pouca ocupação na vida. A empatia tem haver com isso tudo, a questão é que você não precisa passar por tudo isso para mudar teu comportamento perante os outros e principalmente pra sair do julgamento e compreender como os outros se sentem, pensam e querem.
Aprendi com os indianos a exercitar o “namastê”, não simplesmente como cumprimento quando se encontra alguém. Namastê mais que tudo significa: “ Eu reconheço em ti o que há em mim”, ou seja; a inveja que eu vejo em ti eu reconheço em mim, a paixão que eu vejo em ti eu reconheço em mim, o medo que eu vejo em ti, eu reconheço em mim. Ou seja, tudo que eu vejo no outro há em mim, ou já existiu ou poderá acontecer. A gente está tempo todo espelhando o que vê no outro e vice versa e a neurociência ainda afirma que: o que te incomoda no outro é algo que também existe em alguma parte de você (presta atenção porque faz muito sentido).
Ouço muito as pessoas comentar com um extremo ar de julgamento:
“Se eu fosse ele eu teria...”
“Se eu fosse você eu...”
A questão é que você é não é ele e nem eu. Não dá pra comparar, pois nossas noites de sono não são as mesmas, nossos desafios passam por valores financeiros diferentes, nossa rotina não contempla as mesmas relações, nosso carro explora ruas opostas e nosso humor não se sustenta pelo mesmo tipo de felicidade.
Nossa era pode ser considerada como a era do individualismo. A tecnologia facilitou a troca de informações e a comunicação, ao mesmo tempo que proporcionou o contato com uma grande quantidade de pessoas de uma forma muito superficial já que muitas interações são com aparelhos e não com pessoas diretamente, por isso que as habilidades sociais como a empatia – se colocar no lugar do outro – estão em escassez. Segundo estudos, pessoas que possuem essa habilidade irão se destacar por ser uma das principais competências, inclusive na liderança, pois a empatia nos ajuda a desenvolver outras competências como ser mais criativo, mais inovador, ser exemplo, aprender a ouvir outra versão e a ter um pensamento sistêmico mais apurado, além de nos ajudar a ver o problema além do nosso ponto de vista.
Escute de verdade, com atenção na expressão corporal do outro, usando uma linguagem empática para questionar: "Desculpe, eu não imaginei que você se sentiria assim" "Eu me sentiria da mesma forma se estivesse no seu lugar...".
Não julgue, você não tem esse direito. Lembre-se que cada pessoa tem uma perspectiva e uma história única. Ex: Um missionário dará mais valor ao conhecimento religioso, um fisiculturista pensará sobre o padrão de beleza diferente de um filósofo.
Pratique ter curiosidade sobre o outro e vá além daquele diálogo: ” Oi, tudo bem, como você está ?” Pergunte com interesse sobre o que o ouro gosta de fazer, sobre suas habilidades, conquistas, valores, sonhos, hobbies...
Duvide de suas verdades. Ter uma posição decidida sobre algo pode te limitar e limitar teu contato com o outro. Considerar que teu ponto de vista, valores e crenças possuem falhas e podem mudar é maturidade espiritual acima de tudo.
Assim, sobre minha pergunta do início desse texto, lembre –se que todos somos “um”, que tudo está em movimento, fluindo, independente do teu querer ou de você estar pronto para o que a vida te apresenta. Que a empatia acaba com o “julgar”, ela é o elo que nos une como sociedade, ela já nasce com cada um de nós e nos torna adultos emocionalmente saudáveis, de bem com a vida e principalmente de bem com a gente mesmo.
Cristiana da Luz
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Qual o problema no mundo que te incomoda mais? Poder, machismo, hipocrisia, falta de coletividade, falta de acessibilidade, baixa autoestima, corrupção, falta de gentileza?
Basta você atravessar fronteiras, sejam elas entre países, religiões, épocas, interesses, profissões ou objetivos, e perceberá que pontos de vista que você mesmo defendeu e rotulou como verdade absoluta, não passaram de sua percepção no momento, ou a soma de experiências e crenças que as pessoas, a cidade, o trabalho e a mídia te deram até aquele instante.
Pense em você quando adolescente, ou há 05 anos atrás, ou quem sabe na semana passada, tuas teorias e argumentos são os mesmos? Ou quem sabe você desistiu de querer provar algo para seu filho e percebeu que ele tem seu próprio tempo, como você também teve o seu, quem sabe você desistiu de ser vegetariano depois de não conseguir controlar a ferritina no teu corpo e colocar em risco tua própria saúde, ou percebeu que a bissexualidade não é uma questão de aceitar e sim de ser, depois que alguém da sua família assumiu um novo romance, ou ainda percebeu que a depressão chegou até você, que antes achava que ela era um sinônimo de pouca ocupação na vida. A empatia tem haver com isso tudo, a questão é que você não precisa passar por tudo isso para mudar teu comportamento perante os outros e principalmente pra sair do julgamento e compreender como os outros se sentem, pensam e querem.
Aprendi com os indianos a exercitar o “namastê”, não simplesmente como cumprimento quando se encontra alguém. Namastê mais que tudo significa: “ Eu reconheço em ti o que há em mim”, ou seja; a inveja que eu vejo em ti eu reconheço em mim, a paixão que eu vejo em ti eu reconheço em mim, o medo que eu vejo em ti, eu reconheço em mim. Ou seja, tudo que eu vejo no outro há em mim, ou já existiu ou poderá acontecer. A gente está tempo todo espelhando o que vê no outro e vice versa e a neurociência ainda afirma que: o que te incomoda no outro é algo que também existe em alguma parte de você (presta atenção porque faz muito sentido).
Ouço muito as pessoas comentar com um extremo ar de julgamento:
“Se eu fosse ele eu teria...”
“Se eu fosse você eu...”
A questão é que você é não é ele e nem eu. Não dá pra comparar, pois nossas noites de sono não são as mesmas, nossos desafios passam por valores financeiros diferentes, nossa rotina não contempla as mesmas relações, nosso carro explora ruas opostas e nosso humor não se sustenta pelo mesmo tipo de felicidade.
Nossa era pode ser considerada como a era do individualismo. A tecnologia facilitou a troca de informações e a comunicação, ao mesmo tempo que proporcionou o contato com uma grande quantidade de pessoas de uma forma muito superficial já que muitas interações são com aparelhos e não com pessoas diretamente, por isso que as habilidades sociais como a empatia – se colocar no lugar do outro – estão em escassez. Segundo estudos, pessoas que possuem essa habilidade irão se destacar por ser uma das principais competências, inclusive na liderança, pois a empatia nos ajuda a desenvolver outras competências como ser mais criativo, mais inovador, ser exemplo, aprender a ouvir outra versão e a ter um pensamento sistêmico mais apurado, além de nos ajudar a ver o problema além do nosso ponto de vista.
Escute de verdade, com atenção na expressão corporal do outro, usando uma linguagem empática para questionar: "Desculpe, eu não imaginei que você se sentiria assim" "Eu me sentiria da mesma forma se estivesse no seu lugar...".
Não julgue, você não tem esse direito. Lembre-se que cada pessoa tem uma perspectiva e uma história única. Ex: Um missionário dará mais valor ao conhecimento religioso, um fisiculturista pensará sobre o padrão de beleza diferente de um filósofo.
Pratique ter curiosidade sobre o outro e vá além daquele diálogo: ” Oi, tudo bem, como você está ?” Pergunte com interesse sobre o que o ouro gosta de fazer, sobre suas habilidades, conquistas, valores, sonhos, hobbies...
Duvide de suas verdades. Ter uma posição decidida sobre algo pode te limitar e limitar teu contato com o outro. Considerar que teu ponto de vista, valores e crenças possuem falhas e podem mudar é maturidade espiritual acima de tudo.
Assim, sobre minha pergunta do início desse texto, lembre –se que todos somos “um”, que tudo está em movimento, fluindo, independente do teu querer ou de você estar pronto para o que a vida te apresenta. Que a empatia acaba com o “julgar”, ela é o elo que nos une como sociedade, ela já nasce com cada um de nós e nos torna adultos emocionalmente saudáveis, de bem com a vida e principalmente de bem com a gente mesmo.
Cristiana da Luz
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