Foi em 2010, quando vivi uma das fases mais difíceis da minha vida. Difícil demais, para aquela época; ah se fosse hoje... no entanto, o hoje não seria assim se eu não tivesse passado por aqueles momentos. Momentos em que precisei estacionar o carro para lembrar onde eu estava indo, em que nem a palavra “mãe”, me chamava para o aqui e agora em que eu estava. No entanto, foi exatamente quando “alguém” me ouviu de verdade, sem pedir pra eu “não chorar” ou sem me dizer “o que eu deveria fazer”; alguém que respeitou o que eu sentia, sem julgar, sem apontar onde eu errei ou o que eu fingi não saber; foi aí; que aprendi a importância de se colocar no lugar do outro, de ouvir com atenção plena, de acolher com amor.
Lya Luft, em sua obra, “Perdas e ganhos”, diz que às vezes é preciso chegar no fundo do poço para buscar impulsão e sair de vez de um local, o qual nós mesmas nos colocamos; e é isso mesmo ! A questão é que quando alguém nos ouve, esse alguém nos possibilita externalizar, nos permite olhar para nosso cenário e para as pesso...